

Em 98, depois de 3 temporadas com a mesma camisa (a mesma desde a sua estréia no tricolor), a Penalty renovou os uniformes do Bahia, promovendo mudanças que, mais uma vez, seriam marcadas pelas inovações. Na camisa branca, saíram as listras horizontais na barriga e entraram duas faixas (uma azul e outra vermelha, mais fina) acompanhando toda a extensão dos ombros e indo até às mangas. No uniforme 2, a inovação contou com uma dose maior de ousadia: as inéditas e largas listras diagonais, vermelhas e azuis, intercaladas por finas listras brancas. A boa qualidade dos tecidos (um “jacquard”, segundo nosso amigo Ronei) se manteve nestas novas camisas, com as já tradicionais marcas-d´água em degradê. As inovações não pararam por aí: pela primeira vez, a Penalty adotava seu logotipo e o escudo do clube em alto relevo flocado (aveludado). Pensando no torcedor, ela fabricou uma versão mais barata da camisa (conhecidas hoje como “suporter”), com tecido mais simlples em relação à camisa "de jogo" e escudo e logotipos apenas pintados no tecido, como forma de popularizar a camisa entre os torcedores. É possível perceber a diferença entre os dois tecidos numa das fotos abaixo.
No ano seguinte, em 99 (até a metade da Série B), a camisa manteve o mesmo lay-out, com apenas uma mudança bastante sutil: a fonte dos algarismos da numeração às costas, que passou a ter um visual mais arredondado, com o logotipo da empresa ganhando maior destaque dentro do algarismo.
A boa qualidade das camisas também se revelava nos detalhes, como o nome “E.C. Bahia” bordado atrás da gola e a presença do escudo tricolor até mesmo na etiqueta interna, presentes já na versão anterior
Lembro que a estréia dessa camisa ocorreu na Fonte Nova, num BA-VI, de forma bastante inusitada: os jogadores adentraram ao campo a bordo de 3 vans H100 da Hyundai, numa criativa forma de promover a marca da montadora coreana, que também estreava sua marca nas novas camisas naquela oportunidade.
Vestindo estas camisas, o Bahia passou por um dos momentos mais vergonhosos da sua história, como a péssima campanha na Série B de 98 (quase rebaixado à Série C) e o papelão protagonizado junto ao rival no episódio da final do campeonato baiano de 99. O título baiano de 98 amenizou a passagem dessa camisa no Bahia.

Acima, a diferençao na tipografia entre 98 (esq) e 99 (dir)
Acima, é possível perceber a diferença entre os tecidos das camisas "de jogo" e a "de tocedor" (clique na foto para aumentar)
Fábio Baiano vestindo a camisa branca em 98 (com Marquinhos ao fundo)
Time campeão baiano de 98