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segunda-feira, 4 de março de 2013

ECB: as camisas provisórias

Como já publicado aqui anteriormente (leia aqui), a transição entre a Lotto e a Nike no fornecimento do material esportivo do Bahia gerou um intervalo em que o clube precisou improvisar para poder treinar e entrar em campo. Os uniformes da Lotto já estavam acabando, além de ser, no mínimo, estranho, ter contrato assinado com a fornecedora americana e usar o material do antigo fornecedor... A solução foi recorrer a uma fábrica local, a Fortiori, conhecida por fabricar abadás e camisetas para festas. foi escolhida uma logomarca para estampar as camisas provisórias, a ECB, alusiva às iniciais do clube, grafadas sobre uma "bandeira" tricolor... Na prática, eram cópias mal acabadas das camisas da Lotto, com outro logo no lugar do da marca italiana. Com os uniformes 1 e 3 da Nike prontos, as camisas ECB foram "aposentadas" após a sétima rodada do Campeonato Baiano de 2012. Surge aí outro problema: por razões nunca esclarecidas (dificuldade de fabricação por conta do novo fornecedor, questões logísticas, descaso com o clube, incompetência ou outra coisa), embora os profissionais já usassem camisas da Nike, as divisões de base vestiam o resto do material da Lotto, aparente mente, reciclado do time "de cima". A situação perdurou por algum tempo, mas para corrigí-lo, até que a nova fornecedora regularizasse a entrega (que deveria ser interesse dela também, afinal, se veste um clube para exibir sua marca e vender produtos), a fábrica baiana foi acionada novamente e produziu réplicas quase idênticas às camisas home e away da Nike (aqui), recém lançadas. As camisas de linha, tirando a qualidade muito inferior do material e do acabamento (óbvios, se considerarmos que a empresa não tem como foco a produção de material esportivo, trabalhando no improviso para atender às necessidades do clube) ficaram quase idênticas, mas as de goleiro, francamente, parecem um arremedo. Além de modificarem as cores originais, conseguiram transformar uma camisa dividida meio a meio no sentido diagonal, virar uma camisa dividida em 1/3 e 2/3 no mesmo sentido, mas fazendo-as parecer um material de camelô.
Valem pela curiosidade e pelo inusitado da situação, mas mostra o quão pouco importantes parecem ser seus "pupilos" brasileiros para a Nike e quão pouco exigente parece ser o Bahia com relação aos seus fornecedores...