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sexta-feira, 30 de julho de 2010

A CAMISA VERMELHA DO BAHIA


Vez por outra nos deparamos com algumas novidades que nos deixam de queixo caido. Pensei que soubesse tudo sobre as camisas do Bahia, mas ouvi muitas vezes meu pai dizer: "o Bahia usou uma camisa vermelha num torneio que jogou em Nova Iorque, se você não tiver essa, sua coleção nunca estará completa". Nunca levei muito isso a sério, porque, além de já ter fuçado tudo que pude sobre a história do Bahia, ele foi a única pessoa que me falou sobre a existência desse uniforme. Pouco tempo atrás, uma pista: Dodô, ele mesmo, que me deu a camisa de 1962, me disse que tinha uma foto do time na disputa desse torneio. Mais uma vez, com ajuda de seu irmão, Raimurildo, conseguiu a foto para mim. Se o uniforme nao é um primor estético, pelo menos, inova um pouquinho, trazendo para a camisa o vermelho relegado sempre ao meião e a alguns detalhes do acabamento do uniforme. Acho que o short poderia ser branco, mantendo-se o mesmo meião, mas, só a mudança já é interessante. Provavelmente, será impossível conseguir uma camisa dessas, mas, caso surja alguma, estará imediatamente postada nesse blog...Vocês verão aqui a foto do time e a foto da réplica perfeita da camisa já providenciada pelo colecionador Duda Sampaio. Ainda posto o texto da Wikipedia, também "pescado" por Duda, explicando o torneio com detalhes.

No ano de 1964 o Bahia participou do ISL (International Soccer League), torneio que foi disputado entre os anos de 1960 e 1965, e congregava equipes da Ásia, América do Sul, Canadá e México. O seu formato se assemelhava ao atual Mundial Interclubes. William Cox, um rico empresário americano, dono de um time de baseball (Philadelphia Phillies) via um amplo mercado inexplorado nos EUA para o futebol. O torneio, inicialmente jogado em Nova York depois se expandiu para outras cidades americanas: Chicago, Detroit, Boston e Los Angeles. Os campeões foram: 1960 – Bangu (BRA); 1961 – Dukla Praga (TCHE); 1962 – América-RJ (BRA); 1963 – West Ham United (ING); 1964 – Zaglebie Sosnowiec (POL); 1965 – Polônia Byton (POL). A participação do Bahia foi vexatória: participando do Grupo I, juntamente com o Werder Bremen (ALE), Heart of Midlothian (ESC), Lanerossi-Vicenza (ITA) e o Blackburn Rovers (ING), o time ficou em último no seu grupo, jogando seis partidas, com 2 empates e 4 derrotas, marcando 5 gols e sofrendo 12 tentos. A camisa que o Bahia usou era toda vermelha, gola pólo e punhos azuis.


http://en.wikipedia.org/wiki/International_Soccer_League

domingo, 4 de julho de 2010

2008: SAI DIADORA, ENTRA LOTTO





O ano era 2008. Empolgado com a subida para a Segundona - que proeza!!! - o tricolor muda de fornecedor de uniformes. Sai a italiana Diadora e entra a conterrânea Lotto. A Diadora resolveu sair do mercado brasileiro, dedicando-se à moda casual e a esportes menos tradicionais, como o tênis. Na prática, continuava tudo como antes, pois ambas as marcas eram representadas pela mesma empresa no Brasil (a Filon). A Lotto abocanhou as 3 equipes de maior torcida patrocinadas pela Diadora (Bahia, Atlético-MG e Coritiba - Santo André e Ponte Preta ficariam de fora, retornando um ano depois), além de outras equipes patrocinadas por Puma e Topper (Goiás e Sport), também representadas pela Filon, Numa boa estratégia de mercado, a marca passou a se associar a equipes de grande apelo popular, donas das maiores torcidas de seus estados, independente das divisões que jogavam, como Bahia, Galo, Coritiba, Goiás, Sport, Fortaleza, Paysandu, além de algumas outras de menor expressão.
Depois de muita festa, de desabamento de arquibancada e de terceira camisa usada só em um tempo de jogo, a nova marca chega para se associar a um time que prometia o retorno à primeira divisão. Sem muitas novidades em campo, Fausto, Charles, Ávne - sempre ele nos momentos ruins - e outros "craques" remanescentes da Terceirona, o fiasco foi o esperado e o Bahia, em momento algum ameaçou a liderança do Corinthians ou dos demais integrantes frequentes do G4 na luta pela tão sonhada vaga para a Série A.
Falando na camisa nova, um detalhe que chamou a atenção e gerou controvérsia foi a gola. Tanto a camisa branca quanto a tricolor tinham uma gola diferente. Uma mistura entre gola "careca"ou redonda com gola pólo. Embora diferente, casou bem com o conjunto dando um certo "charme" às camisas. Na branca, nenhuma novidade. Toda lisa com frisos laterais delimitadas por uma costura mais grossa. Patrocínio aveludado enquanto era FIAT, passando a ser silkado quando passou para Insinuante (a FIAT passava a estampar sua logomarca, abandonando a estratégia de anunciar seus lançamentos no mercado nacional, como Fiat Idea, Novo Palio, etc). Já a camisa tricolor voltou a ter as listras brancas mais finas intercalando as azuis e vermelhas, que passaram a ser mais largas, ficando em número de quatro apenas. Completando o design, um friso lateral curvo formava uma moldura para as faixas centrais. Outra sacada legal era a ausência da caixa do patrocínio: a logomarca da patrocinadora foi envolvida por uma discreta moldura azul qua a destacava sem comprometer o conjunto. Para quem não lembra, esse modelo lembrava os da Amddma e da Proonze, que tinham, entretanto, o azul mais encorpado que o da Lotto. Ainda assim, a inspiração foi uma camisa usada na década de 60, que tinha a mesma disposição das listras, usada por pouco tempo. Outro detalhe: a primeira remessa da camisa, inclusive as de loja, tinha tecido mais grosso, com aspecto "trançado", muito parecido com as camisas da Nike originais, as famosas "Authentic". Já a segunda remessa, tanto da home como da away, passou a ser confeccionada com tecido liso, mais fino, repetindo o padrão "supporter" também da Nike. Somente os frisos laterais mantiveram o tecido original.
Enfim, marca decente, camisas corretas e time... precisa falar?

Acima, a camisa 1 sendo usada na Série B de 2008

Camisa 2, listrada, em ação pela Série B de 2008



As listras largas já tinham sido usadas em 94, quando o Bahia tinha seus uniformes feitos pela Amddma/Proonze, que por sua vez tb já tinham figurado nas camisas tricolores no fim dos anos 60, como é possível ver abaixo, em imagens de um Bahia x Santos na Fonte Nova, onde o zagueiro Nildon tirou em cima da linha o possível 1000º gol de Pelé!