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sábado, 28 de novembro de 2009

TRÊS HOMENS, UMA CAMISA


Foto: arquivo pessoal de Biriba (o último agachado à direita)

Foto: "Bahia: Esporte Clube da Felicidade", de Nestor Mendes Jr

Mais uma vez vou interromper a sequência cronológica da apresentação das camisas para exibir uma PÉROLA. Assim mesmo! Com letras maiúsculas... Primeiro tenho que falar da personagem: Biriba. Nascido Armindo Avelino de Santana, chegou ao Tricolor em 1955. Circulou pelas divisões de base, pelos aspirantes, mas logo conseguiu garantir sua vaga no time profissional para, junto com Marito, Henrique, Vicente, Nadinho e tantos outros craques, conquistar a Taça Brasil de 1959, o primeiro título nacional do Bahia. Conquistou, além da Taça Brasil, seis títulos baianos atuando como ponta direita, centoavante e ponta esquerda. Fez gols decisivos, inclusive o gol de empate contra o Santos na Vila Belmiro, que abriu o caminho para a vitória que provocou o terceiro e decisivo jogo no Maracanã. Jogou no tricolor até 68, chegando a a ser parceiro de Eliseu e Zé Eduardo.
Como consegui uma preciosidade dessas??? Um grande amigo de meu pai (e meu também), Dodô, tambem conhecido pelo seu nome de batismo (Raílton), ex-jogador do Tricolor na década de 60, viu minha coleção e disse: "meu irmão tem uma camisa que foi de Biriba, te interessa?". Só não chorei na hora porque estava no trabalho... Pouco tempo depois, recebo a sacola com esta verdadeira relíquia, usada por pouco tempo pelo Bahia, tanto que só achei uma foto dela para ilustrar o blog. Mesmo sem me conhecer, seu irmão, Raimurildo, resolveu me ceder esta camisa. Não sei como, nem se vou conseguir pagar um dia pelo presente. Sei que esta camisa será tratada como uma jóia. Não há preço que pague poder tomar conta de um pedaço da história do time que você ama... Obrigado Dodô! Obrigado Raimurildo! Obrigado Biriba!
A camisa, apesar de ter 47 anos, me parece bastante inspirada. Toda de malha grossa, típica da época, tem apenas as 3 listras triolores na gola e, nas mangas, elas não são aplicadas no elástico, mas sim no próprio tecido dando a impressão de que, de fato, tentava-se criar um visual mais "moderno". Se fosse reeditá-la, deixaria a gola lisa, branca, e não mudaria mais nada. Detalhe interessante é o reforço do tecido e da costura nas axilas, já que não existia a facilidade de hoje de usar uma camisa por tempo de jogo e a mesma era usada várias vezes.
Nota: as fotos são do arquivo pessoal de Biriba, retiradas do livro Bahia: Esporte Clube da Felicidade. Observem que Biriba, não está na foto do pentacampeonato.

2 comentários:

  1. EStou com muita raiva de vocÊ, Ruy. Não cruze o meu caminho nas próximas 3 gerações... hehehe
    Brincadeiras à parte, belíssima aquisição. Até eu senti a mesma emoção que você. No dia que vc me mandou a foto no celular, parecia que era eu quem estava ganhando a camisa.
    E, falando nela, o bom é que ela já vem com a faixa de capitão, não é? Os 11 titulares seriam capitães do time... hehehe
    Abraço.

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  2. Naquela época vcs consideravam a Taça Brasil como Brasileiro? Sou torcedor do Bahia

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