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quinta-feira, 20 de maio de 2010

CAMISA DE 88



Interrompo, mais uma vez, a sequência cronológica de postagem das camisas do Bahia. Tenho feito isso quando surge alguma pérola que merece destaque. Dessa vez, para exibir a camisa campeã brasileira de 88. Como já disse anterirmente, para mim, a camisa tricolor da Adidas é imbatível. Sem frescuras, sem detalhezinhos, mas com personalidade e a cara do MEU BAHIA. Usada numa época em que ir à Fonte Nova não era diversão eventual quando não havia outro programa melhor. Durante anos, ver o tricolor jogar em sua casa era religioso. Dava gosto ver Bobô, Charles, Marquinhos, Paulo Rodrigues no auge da sua forma física, dando sangue (às vezes literalmente) por seu time. Não menos craque, não menos dedicado, era Zé Carlos, craque tricolor dos anos 80 que ostentou esse manto que hoje apresento. É fantástico garimpar camisas preciosas para a coleção mas, ainda melhor, é ganhar uma camisa quase impossível de achar de um amigo. É esse o cado. Conversando com Felisberto, amigo e dono do tradicionalíssimo Restaurante Juarez, no Mercado do Ouro, ele me falou que possuia essa camisa, usada e presenteada por Zé Carlos. Mais rápido que pude, ofereci: -compro!!. Duas semanas depois, qual minha surpresa: a camisa estava lá e, generosamente, Felisberto me doou a camisa. Sócio do Bahia, me mostrou sua carteirinha que guarda até hoje, apesar da fase do Esquadrão. Ainda deu tempo de um dos seus muitos clientes tentar demovê-lo da ideia de me presentear e oferecer R$ 100,00 pela camisa, recusados prontamente.
Infelizmente, estou sem a foto em que ele passa camisa às minhas mãos e, por isso, não a colocarei agora, mas assim que recuperá-la, postarei para vocês.
Jamais poderei agradecer o presente, mas faço essa humilde homenagem exibindo-a aqui. Obrigado, amigão!

domingo, 9 de maio de 2010

2007: UMA CAMISA, UMA TRAGÉDIA - PARTE 2 (A CAMISA AZUL)


No post anterior, falamos da última safra de uniformes que a Diadora forneceu ao Bahia em sua parceria de 3 anos com o tricolor baiano. Mas, na verdade, essa parceria foi encerrada mesmo com um 3° uniforme, inédito, que seria lançado apenas no último jogo do Bahia em casa naquela Série C, contra o Vila Nova.
O marketing que envolveu o lançamento dessa camisa foi bem sacado: uma enquete feita no site oficial oferecia duas opções de uniformes (que diferiam entre si apenas em alguns detalhes), para serem escolhidos pelo torcedor. Dizem as más linguas que, qualquer que fosse a opção eleita pela torcida, o novo terceiro uniforme já estaria escolhido. Mas o fato de, ao menos, colocar a torcida como "co-participante" da escolha já merece pontos. Mesmo depois de encerrada a enquete, o mistério ainda pairava no ar, pois a camisa escolhida só seria conhecida quando o Bahia adentrasse ao gramado da saudosa Fonte Nova. Vale lembrar que desde desde o ano 2000, quando vestiu a belíssima camisa alusiva aos 500 anos do Brasil, que o Bahia não lançava um terceiro uniforme.
A camisa em si parece que foi feita para encerrar com chave de ouro a parceria da Diadora com o clube, e ser a cereja do bolo do acesso à Série B. O lay-out, em si, seguia o padrão da marca, já utilizado nas camisas 1 e 2: mesmo corte, mesma gola, mesma tipografia e mesmo patrocínio. Era toda azul, com algumas listras verticais em tons mais escuros, em degradê, e uma fina listra vermelha entre elas. Os demais detalhes da camisa, tais como patrocínios, gola, números e barras vinham em dourado.
Esta camisa é, com certeza, a mais bela lançada pela Diadora para o tricolor, e talvez uma das mais bonitas de todos os tempos.
Uma pena o jogo de sua estréia ter sido marcado pela tragédia que marcou uma ocasião que deveria ter sido de festa e comemorações.
A camisa só foi usada nesta partida e, ainda assim, apenas no 1° tempo (depois do penalty perdido por Nonato, a superstição falou mais alto e o time voltou com a tradicional camisa tricolor listrada para o segundo tempo). Após este jogo, ela foi compulsoriamente "aposentada". Não sabemos se a intenção do clube era realmente usá-la apenas no jogo do acesso ou se ela seria usada nos jogos do início do ano seguinte e a tragédia terminou por abreviar sua curta vida. Algum tempo depois, surgiu na internet, em sites de leilão, a versão manga longa dessa camisa, o que nos faz pensar que a camisa poderia vir a ser, sim, usada em mais jogos (se a real intenção fosse usá-la em apenas uma partida, certamente não teriam feito um lote adicional numa versão manga longa, ainda mais que o jogo seria num domingo de novembro à tarde, em Salvador). Enfim, um mistério que talvez nunca desvendaremos. Essa versão manga longa nunca chegou a ser comercializada oficialmente.
Mas com certeza essa camisa marcou, bem e mal, o maior feito do clube nos últimos anos.


Time posando para foto, antes do fatídico Bahia x Vila Nova em 2007

Lances do jogo, que marcou negativamente o acesso do bahia para a Série B


Versão de mangas longas, que surgiu em sites de leilão na internet algum tempo depois de lançada. Essa camsia nunca foi oficialmente comercializada.