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domingo, 4 de julho de 2010

2008: SAI DIADORA, ENTRA LOTTO





O ano era 2008. Empolgado com a subida para a Segundona - que proeza!!! - o tricolor muda de fornecedor de uniformes. Sai a italiana Diadora e entra a conterrânea Lotto. A Diadora resolveu sair do mercado brasileiro, dedicando-se à moda casual e a esportes menos tradicionais, como o tênis. Na prática, continuava tudo como antes, pois ambas as marcas eram representadas pela mesma empresa no Brasil (a Filon). A Lotto abocanhou as 3 equipes de maior torcida patrocinadas pela Diadora (Bahia, Atlético-MG e Coritiba - Santo André e Ponte Preta ficariam de fora, retornando um ano depois), além de outras equipes patrocinadas por Puma e Topper (Goiás e Sport), também representadas pela Filon, Numa boa estratégia de mercado, a marca passou a se associar a equipes de grande apelo popular, donas das maiores torcidas de seus estados, independente das divisões que jogavam, como Bahia, Galo, Coritiba, Goiás, Sport, Fortaleza, Paysandu, além de algumas outras de menor expressão.
Depois de muita festa, de desabamento de arquibancada e de terceira camisa usada só em um tempo de jogo, a nova marca chega para se associar a um time que prometia o retorno à primeira divisão. Sem muitas novidades em campo, Fausto, Charles, Ávne - sempre ele nos momentos ruins - e outros "craques" remanescentes da Terceirona, o fiasco foi o esperado e o Bahia, em momento algum ameaçou a liderança do Corinthians ou dos demais integrantes frequentes do G4 na luta pela tão sonhada vaga para a Série A.
Falando na camisa nova, um detalhe que chamou a atenção e gerou controvérsia foi a gola. Tanto a camisa branca quanto a tricolor tinham uma gola diferente. Uma mistura entre gola "careca"ou redonda com gola pólo. Embora diferente, casou bem com o conjunto dando um certo "charme" às camisas. Na branca, nenhuma novidade. Toda lisa com frisos laterais delimitadas por uma costura mais grossa. Patrocínio aveludado enquanto era FIAT, passando a ser silkado quando passou para Insinuante (a FIAT passava a estampar sua logomarca, abandonando a estratégia de anunciar seus lançamentos no mercado nacional, como Fiat Idea, Novo Palio, etc). Já a camisa tricolor voltou a ter as listras brancas mais finas intercalando as azuis e vermelhas, que passaram a ser mais largas, ficando em número de quatro apenas. Completando o design, um friso lateral curvo formava uma moldura para as faixas centrais. Outra sacada legal era a ausência da caixa do patrocínio: a logomarca da patrocinadora foi envolvida por uma discreta moldura azul qua a destacava sem comprometer o conjunto. Para quem não lembra, esse modelo lembrava os da Amddma e da Proonze, que tinham, entretanto, o azul mais encorpado que o da Lotto. Ainda assim, a inspiração foi uma camisa usada na década de 60, que tinha a mesma disposição das listras, usada por pouco tempo. Outro detalhe: a primeira remessa da camisa, inclusive as de loja, tinha tecido mais grosso, com aspecto "trançado", muito parecido com as camisas da Nike originais, as famosas "Authentic". Já a segunda remessa, tanto da home como da away, passou a ser confeccionada com tecido liso, mais fino, repetindo o padrão "supporter" também da Nike. Somente os frisos laterais mantiveram o tecido original.
Enfim, marca decente, camisas corretas e time... precisa falar?

Acima, a camisa 1 sendo usada na Série B de 2008

Camisa 2, listrada, em ação pela Série B de 2008



As listras largas já tinham sido usadas em 94, quando o Bahia tinha seus uniformes feitos pela Amddma/Proonze, que por sua vez tb já tinham figurado nas camisas tricolores no fim dos anos 60, como é possível ver abaixo, em imagens de um Bahia x Santos na Fonte Nova, onde o zagueiro Nildon tirou em cima da linha o possível 1000º gol de Pelé!




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