Quando comecei a assistir a jogos de futebol, uma coisa sempre me chamou atenção: as cinco pesssoas que sempre entravam em campo com uniformes diferentes dos demais. Eram os árbitros (e seus auxiliares) e, principalmente, os dois goleiros. No que diz respeito aos árbitros, suas roupas eram quase sempre pretas e sóbrias. Na década de 70, exceções eram camisas amarelas ou vermelhas, que ainda assim eram raras. Mas marcante mesmo sempre foram, para mim, as camisas de goleiro. Não só por serem diferentes, mas por liberarem a imaginação dos designers para criarem verdadeiras loucuras que nada tinham de semelhante ao uniforme tradicional da equipe. Quem não lembra do colombiano Higuita, do seu compatriota Navarro Montoya, do "louco" mexicano Jorge Campos e, mais recentemente, do francês Jeremie Janot, que na maioria das vezes chamavam (ou chamam) mais atenção pelos seus trajes multicoloridos (às vezes criadas por eles próprios) do que pelas suas atuações? Se historicamente o Bahia nunca ousou muito nas roupas usadas por seus goleiros, alguns uniformes chamaram a atenção pela excenticidade. Posto aqui, inicialmente, duas pérolas, não tanto pela beleza, mas pelo caráter inusitado. Primeiro, uma camisa da Penalty azul royal, usada várias vezes por Jean e pelo camaronês William Andem, que de inusitado tem os desenhos aplicados no formato da logomarca do fornecedor, nas cores branca, vermelha e amarela... Um verdadeiro abadá! A outra, da marca Proonze, tambem foi usada por Jean, mas antes dele, vestiu o craque veterano Rodolfo Rodriguez, uruguaio que, mesmo em final de carreira, teve momentos brilhantes no tricolor. Ficou marcado, porém, por dois fatos tristes: tomou aquele ridículo gol feito pelo ainda adolescente Ronaldinho, hoje Fenômeno, no Mineirão, quando desesperado pelo massacre que sofria do ataque cruzeirense, soltou uma bola que já estava dominada para se lamentar, parecendo até rezar para que o bombardeio parasse, quando teve a pelota "roubada" pelo atacante que só fez empurrá-la lentamente para as redes. Depois, foi pego pelo exame antidoping, fato que terminou fazendo o goleiro encerrar definitivamente sua carreira.
Talvez se as camisas fossem totalmente lisas, ou seja, sem detalhes, não chamassem tanto a atenção. Mas o que salta aos olhos é justamente o psicodelismo das formas das estampas, bem como sua mistura de cores, que marcaram bastante essas camisas.
Talvez se as camisas fossem totalmente lisas, ou seja, sem detalhes, não chamassem tanto a atenção. Mas o que salta aos olhos é justamente o psicodelismo das formas das estampas, bem como sua mistura de cores, que marcaram bastante essas camisas.
Em relação a primeira, não tenho lá boas lembranças, não.
ResponderExcluirSei que o Rodolfo Rodriguez foi um dos grandes goleiros do Esquadrão da década de 90, e isso é indiscútivel, mas aquele jogo em que ele "revelou" o que seria o futuro craque e fenômeno Ronaldo, ficou marcado pra mim de forma muito traumática, comparando apenas a uma outra experiência traumática, a goleada dos 7 X 0 contra o mesmo clube mineiro em 2003 em plena Fonte Nova...
Já a outra: é uma das mais belas camisas de goleiro que eu já vi até hoje no Bahia, vi o goleiro Jean operar verdadeiros milagres vestindo essa camisa... que tempo bom, heim??
Paulo Brazil.
A primeira camisa psicodélica de goleiro foi da REPLAY, em 1992. Já sem Sergio Nery, o eterno reserva, porém esforçado Ricardo Dantas assumiu o gol. A CCS lançou também camisas pra lá de doidas, tanto que Rodolfo Rodrigues, a princípio, preferia usar uma preta e cinza da Reusch...
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