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domingo, 4 de novembro de 2012

CAMISAS DE GOLEIRO

Os goleiros sempre foram vítimas de piadinhas infames, como aquela onde diz que não nasce grama onde eles costumam ficar, tão inglória é a sua posição. No entanto, numa outra piadinha há uma grande verdade: Seus uniformes são diferentes dos outros 10.

Até o final dos anos 70, ainda sem um fornecedor formal de uniformes, os goleiros do Bahia usavam qualquer camisa apropriada, desde que houvesse numeração e escudo (às vezes nem isso). Sendo assim, começaremos essa série de posts nos anos 80, quando o clube passou a receber formalmente seus uniformes de determinados fabricantes. Temos ainda como curiosidade o fato de ainda não termos à ocasião a padronização de layouts e templates, tão comum nos dias atuais, onde as empresas, buscando diminuir custos e talvez criar uma identidade de suas coleções, tendo como consequência uma desagradável pasteurização, da qual falaremos nos próximos posts.

Magníficas camisas usadas pelo clube no passado. Não dariam excelentes camisas third?
Durante os anos em que a Adidas imperava na maioria dos clubes e seleções, era interessante observar que as camisas de linha dificilmente mudavam de um ano para outro, e quando isso acontecia, o clube simplesmente aparecia com o novo modelo sem aviso prévio e pronto. Já os goleiros ostentavam uniformes vistosos, em cores inusitadas e que dificilmente se repetiam por aqui entre os clubes, apesar de ser estranhamente observada essa tendência nos campeonatos europeus e Copas do Mundo, justo quando os fornecedores costumavam apresentar seus lançamentos para os anos seguintes. 

Van Breukelen, Schumacher, Pfaff e Dasaev. Quatro lendas envergando uniformes idênticos Adidas. Seria o início da padronização?

 Roberto Bahia, Rogério Baumgartem, Ronaldo Passos e, para passar à letra seguinte, Sidmar, vestiram alguns dos modelos dos quais estamos falando. 

O trefoil da Adidas parecia ser meio arredio a ficar no mesmo nível do escudo. 
Curioso é que justamente em 1988, Ronaldo usou camisas da CAMPEÃ. Algumas delas sequer escudo tinham, o que também era uma prática corriqueira à época, onde os arqueiros usavam camisas da Reusch e Uhlsport, costumeiras patrocinadoras dos atletas da posição, e ficava tudo por isso mesmo. Se o clube não chiava, quem iria dizer alguma coisa? 
Ronaldo merece um parágrafo à parte, pois foi o goleiro que participou da final do nosso maior título. Podemos afirmar com tranquilidade que nenhum outro goleiro do Bahia usou tantas marcas diferentes, oficiais ou não. Campeã, Adidas, Umbro, Uhlsport...De fato, o nosso campeão era adepto do estilo "Se me pagarem, eu uso". 

O detalhe é que a camisa da Umbro, cheia de inovações (material e acolchoados, coisa e tal) foi substituída por um modelo horrendo e de material inferior, fabricado pela Replay. Visível e risível involução. No próximo post, sobre os anos 90, falaremos sobre essa camisa.

3 comentários:

  1. lindona essa vermelha do Bahia...gostei...essa verde NADA A VER!
    quero ver as do meu goleiro favorito quando era "guri": Rodolgo Rodrigues.

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  2. Feliz 2013, galera do Tricolor de Aço.

    Acabei de fazer um distintivo do Bahia um pouco diferente em minha primeira postagem.

    Aqui, o endereço do meu blog recém criado:
    http://modernizandodistintivosdefutebol.blogspot.com.br/

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  3. E 2013?
    alguma pista de como vão ser as camisas já?

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